

Faculdade IELUSC realiza pesquisa sobre atividade física durante as sessões de hemodiálise
A Faculdade IELUSC é uma das instituições de Ensino Superior de Joinville organizadora do estudo “Uso da tecnologia assistiva para estimular o exercício físico em pacientes renais crônicos durante a hemodiálise”, envolvendo acadêmicos, docentes e os pacientes da Fundação Pró-Rim, em Joinville.
O diagnóstico, que começou no início deste ano, está sendo realizado inicialmente com 20 pacientes. A meta é chegar a 60 em agosto de 2025, quando termina o estudo.
Por meio de um cicloergômetro, equipamento com movimentos cíclicos similar ao andar de bicicleta, os pacientes realizam exercícios com duração de 20 minutos na sessão de hemodiálise, no Centro de Tratamento de Doenças Renais (CTDR) da Pró-Rim.
Para facilitar o exercício existe uma interação com um jogo, o que aumenta a atenção e a motivação durante esta atividade. O trabalho visa acompanhar a evolução de 60 pacientes e analisar o progresso físico e mental após três meses de atividades. Toda a pesquisa será realizada no período de março de 2023 a agosto de 2025.
A Profª Bruna Maggi Sant’Helena, da Faculdade IELUSC, fisioterapeuta e doutora em Farmacologia, explica que esse é um projeto que busca analisar os benefícios da atividade física, tanto na melhoria da saúde física (circulação, força muscular) como na qualidade de vida em geral. “Associar a atividade física às horas em que o paciente fica ligado a uma máquina três vezes por semana, durante quatro horas, é algo ainda mais desafiador. O paciente já fica em média quatro horas três vezes por semana ligado a uma máquina. Aproveitar esse momento para fazer uma atividade física pode trazer muitos ganhos a ele”, destaca Bruna.
Além da Faculdade IELUSC, também participam do estudo professores e estudantes da Universidade da Região de Joinville (Univille) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Benefícios para o paciente
O paciente Jean Carlos dos Santos (que aparece na foto principal desta matéria) faz hemodiálise há pouco mais de um ano e aprova a oportunidade de participar do estudo. “É muito tranquilo, uma forma de me exercitar e passar o tempo durante as sessões de hemodiálise”, afirma. Nos dias em que não está na Pró-Rim, Jean trabalha como motoboy, mas conta que precisou reorganizar toda a vida por conta da descoberta da doença. Com isso, reduziu muito as atividades físicas.
Para a pesquisadora da Fundação Pró-Rim, Fabiana Nerbass, a parceria com as universidades é muito positiva, especialmente quando objetiva o bem-estar do paciente. “Sabemos que a atividade física diminui a ansiedade, depressão, além de proporcionar uma maior capacidade física para exercer as atividades do dia a dia. Buscamos essa qualidade também aos nossos pacientes”, avalia Fabiana.
Quando uma pesquisa como essa é realizada, os benefícios são para todos os envolvidos. “Todos saem ganhando, nós como instituição, nossos pacientes e as instituições de ensino envolvidas, por possibilitar que alunos e professores possam ter uma linha de pesquisa voltada para o paciente em diálise”, explica Fabiana.
À frente desse projeto estão os pesquisadores: Profª Dra. Bruna Maggi Sant’Helena, Profª Me. Maria Cecilia Kohler Panno, Profº Me. Rodolfo Nunes Bittencourt, fisioterapeuta Ana Paula Marcelino e Profº Dr. Antonio Vinicius Soares, Prof. Dr. Fabrício Noveletto, bem como alunos dos cursos de Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Fisioterapia.
Fotos: Banco de Imagens Pró-Rim
Com informações da Assessoria de Comunicação da Pró-Rim